SALVANDO O PLANETA

sexta-feira, 10 de junho de 2011

QUEBRADEIRAS DE COCO - UMA REALIDADE BRASILEIRA

RAIMUNDA GOMES DA SILVA
UMA GUERREIRA DO SÉCULO XXI



Para quem não sabe existem muitas Raimundas fazendo o trabalho de quebrar coco do babuçu na nossa imensa Amazônia, que fizeram da sua existência o trabalho árduo de tirar da floresta seu meio de sobrevivência.
Mulheres marcadas pelo tempo, pelo sol escaldante, mas que mesmo assim naqueles longínquos lugares ainda têm o canto como seu companheiro para tão dura lida.
Elas acordam de madrugada, antes do sol nascer e vão caminhando, formando uma fila enorme de mulheres atrás do coco do babaçu, além de lutarem pela conservação da natureza, tão pródiga em nosso país.
No Brasil, as palmeiras de babaçu estão espalhadas por 18 milhões de hectares entre a floresta amazônica e das terras semi-áridas do Nordeste. Uma árvore nova demora de quinze a vinte anos para dar cocos. O babaçu dá origem a mais de 60 produtos. Tudo nele é aproveitado. O mesocarpo, a polpa do coco, e o palmito são ingredientes de receitas culinárias. O óleo serve para cozinhar e fazer sabão, sabonete e xampu. Das palmas e dos cocos confeccionam-se redes, tapetes, peças de artesanato e jóias. A palha pode cobrir casas e cercas, além de ser de matéria-prima na fabricação de papel e sacos. O babaçu também serve de adubo e de alimento para criações. As quebradeiras de coco babaçu trabalham em média 22 dias por mês quebrando 6 quilos de coco por dia. Cada quilo é vendido por 30 centavos. Ao final de um ano, elas recebem pouco mais de 475 reais. Essas mulheres pobres, que geralmente moram em casas sem saneamento básico, muitas vezes garantem a sobrevivência da família com seu salário, com os produtos do babaçu e com a criação de animais e o plantio de frutas e verduras
Na verdade essas mulheres querem é reconhecimento pelo seu trabalho, melhores condições de vida para suas famílias, com escola para seus filhos , saneamento básico e  também hospitais, afinal são tão brasileiras como as que vivem no Sul ou no Sudeste.
O risco que correm é a tomada por grileiros das terras que delas tiram seus sustentos, bem como serem mortas por jagunços, que ainda imperam naquela região, provando sempre que é o poder do dinheiro e da politicagem que dominam a floresta.


LOUVEMOS AS MULHERES QUE DEFENDEM A NATUREZA!

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